Minto tanto.
Sei tão bem mentir.
Quase que consigo enganar toda a gente.
Finjo tanto.
Sei tão bem fingir.
Quase que me consigo enganar a mim própria.
E eu, que até já acreditava ter-te esquecido, percebi que continuas no mesmo sítio.
Minto tanto.
Sei tão bem mentir.
Quase que consigo enganar toda a gente.
Finjo tanto.
Sei tão bem fingir.
Quase que me consigo enganar a mim própria.
E eu, que até já acreditava ter-te esquecido, percebi que continuas no mesmo sítio.
Desta vez não foste tu. Foi o meu inconsciente que resolveu manifestar-se mais uma vez.... Sonhei contigo. Estavamos frente a frente como costumavamos estar na vida real. Olhavas-me nos olhos como fazias naquelas noites em que estavas realmente presente.
"Tenho saudades tuas...", foi o que disseste quase a chorar.
Doeu tanto.
Como podes ter saudades de algo que sabes que é teu? Tu sabes que não sou de mais ninguém. Não preciso de to dizer porque tu sabe-lo bem. Doeu. Doeu imenso.
"Não digas essas coisas...", foi a única coisa que a minha boca conseguiu soltar...
Senti a tua respiração no meu pescoço. Estavas-me a abraçar como antigamente.
Quanta saudade eu tinha do teu abraço. Quanta saudade do teu calor.
A razão apoderou-se de mim: "PÁRA COM ISSO!"
Afastei-te. Virei-te costas e corri.
Ela apareceu-me à frente com aquele sorriso inocente que ela tem a contrastar com o pânico que se tinha apoderado de mim...
Acordei. Tinha sido só mais uma manifestação estúpida do meu inconsciente enquanto eu tentava esquecer-te durante o sono.
Mostro para todos o que todos querem que eu mostre: um sorriso enorme!
Queria poder dizer que nunca mais te quero ve. Queria ter a coragem de te dar desprezo, queria ser capaz de nunca mais olhar para esse sorriso que me cativou desde o primeiro dia... Onde está a minha coragem? A minha força?
Eu minto. Minto para mim quando penso que já não te quero, minto para ti quando digo que estou bem, minto para o mundo quando mostro um sorriso quando a única coisa que me apetece é chorar...
Tu mentes. Mentes para mim quando dizes que é melhor esquecer tudo, mentes para ti quando achas que gostas dela, mentes para o mundo lhe dás a mão mas pensas é no beijo que me deste. Menstiste descaradamente quando disseste que não me querias magoar... Não estou magoada pelo que fizeste, mas sim, pelo que não tiveste coragem de fazer!
"[...]Porque é que a vida
Nos fascina?
Tantas vezes nos domina?
Acreditar que no amor
Não se sente a dor
Mas é mentira!
Mentira! Mentira...[...]"
João Pedro Pais, "Mentira"
Ontem disseram-me: "Não desistas dele..."
Não fui eu que desisti dele, foi ele que desistiu de mim (se é que alguma vez lutou por mim).
"Não andes atrás de quem amas,
deixa que seja a vida a trazer quem mereces..."
Eu mereço muito mais do que isto!
Lutei demais para ficar sem nada!
Só provas o que todos diziam: és um fraco que não sabe lutar pelo que quer!