Minto tanto.
Sei tão bem mentir.
Quase que consigo enganar toda a gente.
Finjo tanto.
Sei tão bem fingir.
Quase que me consigo enganar a mim própria.
E eu, que até já acreditava ter-te esquecido, percebi que continuas no mesmo sítio.
Minto tanto.
Sei tão bem mentir.
Quase que consigo enganar toda a gente.
Finjo tanto.
Sei tão bem fingir.
Quase que me consigo enganar a mim própria.
E eu, que até já acreditava ter-te esquecido, percebi que continuas no mesmo sítio.
Velha - Então os estudos estão a correr bem?
{OS ESTUDOS CORREM?! ora aqui está uma novidade!}
Eu - Suponho que sim... pelo menos não estão mal...
Velha - Estás a gostar de estar lá nas universidades?
{Mas quantas Universidades é que a velha pensa que nós frequentamos?}
Eu - São porreiras são...
Velha - Ai o meu neto estudou muito! Era o melhor da turma!
{e, por sinal, o mais otário!}
[a comer uma baguete de ovo mexido com fiambre]
Eu - Porra! isto tá só a deitar óleo... já nem sabem fazer uma omoleta!
Ela - Pah parece que isso ta a mijar...
Eu - Fodas'! 'Tá é com incontinência!
{atenção: não tenho nada contra as pessoas com incontinência! Afinal daqui a uns anos também me acontecerá o mesmo...}
Desta vez não foste tu. Foi o meu inconsciente que resolveu manifestar-se mais uma vez.... Sonhei contigo. Estavamos frente a frente como costumavamos estar na vida real. Olhavas-me nos olhos como fazias naquelas noites em que estavas realmente presente.
"Tenho saudades tuas...", foi o que disseste quase a chorar.
Doeu tanto.
Como podes ter saudades de algo que sabes que é teu? Tu sabes que não sou de mais ninguém. Não preciso de to dizer porque tu sabe-lo bem. Doeu. Doeu imenso.
"Não digas essas coisas...", foi a única coisa que a minha boca conseguiu soltar...
Senti a tua respiração no meu pescoço. Estavas-me a abraçar como antigamente.
Quanta saudade eu tinha do teu abraço. Quanta saudade do teu calor.
A razão apoderou-se de mim: "PÁRA COM ISSO!"
Afastei-te. Virei-te costas e corri.
Ela apareceu-me à frente com aquele sorriso inocente que ela tem a contrastar com o pânico que se tinha apoderado de mim...
Acordei. Tinha sido só mais uma manifestação estúpida do meu inconsciente enquanto eu tentava esquecer-te durante o sono.